CORPUS CHRISTI EM CASTELO-ES 2014: DONA LOLA, IDOSA DE 91 ANOS AJUDA A FAZER TAPETES.
Paróquia Nossa Senhora da Penha
Castelo-ES
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Castelo-ES
Dona Lola ajudou a
confeccionar o tapete da primeira festa, em 1963. Este ano, ela foi a
responsável por colar parte das 216 mil tampinhas.
As mãos firmes que colaram
parte das 216 mil tampinhas usadas em um dos tapetes da festa de Corpus
Christi, realizada em Castelo, na região Sul do Espírito Santo, são as mesmas
que, em 1963, ajudaram a montar o primeiro tapete, dando início à tradição. Aos
91 anos, a aposentada Alexandrina Nogueira, conhecida como Dona Lola,
contabiliza, com orgulho, a participação em todas as 51 edições da festa, que
este ano de 2014 aconteceu nos dias 18 e 19 de junho.
Dona Lola contou que
trabalhou como lavadeira com a Irmã Vicencia, idealizadora dos Tapetes de
Corpus Christi, durante 23 anos. Essa proximidade com a irmã fez com que ela
acabasse tendo uma participação especial no nascimento da tradição. "Eu ajudei a
Irmã Vicencia a picar muitas folhas para fazer o primeiro tapete, no ano de
1963, em frente à capela da Santa Casa de Misericórdia de Castelo. Ele era
pequeno, mas ficou muito bonito e na época muita gente foi ver", relembrou
orgulhosa.
Eu quero ajudar no trabalho da festa até quando eu puder, até quando
Deus me permitir" (Dona Lola, aposentada).
Este ano, na 51ª edição da
festa, a aposentada integra um grupo responsável pela passadeira com os temas "Estive doente
e foste me visitar" e "Eucaristia e arte", que vão ornamentar
76 metros da avenida Ministro Araripe. Dona Lola foi a responsável por colar
várias das 216 mil tampinhas de garrafas utilizadas na montagem de um dos
tapetes, que também recebe materiais como pedras coloridas, palhas de café e
borracha de pneu triturada.
Mas a participação de Dona
Lola não se restringe ao trabalho 'braçal' de colagem das tampinhas. Durante a
madrugada, momento em que os tapetes são montados nas ruas do município, a
aposentada envia força espiritual aos voluntários através de muita oração. "Ajudo nesse
trabalho que é feito antes. Na quarta-feira à noite, eu não vou na rua, mas
fico em casa e acordo várias vezes à noite lembrando dos meus amigos que estão
lá, no frio, montando o tapete. Então rezo para que eles aguentem firme e
consigam fazer o trabalho", disse.
Além disso, ela garante que
ainda tem disposição de sobra para apreciar o trabalho pronto e acompanhar
parte das cerimônias da festa. "No dia mesmo da festa, na quinta-feira, eu faço questão
de ir, olhar os tapetes, participar da missa campal e também acompanhar a
procissão. Sempre acho tudo lindo. Cada ano fica mais bonito e com mais
gente", contou.
Sem precisar usar óculos e
com firmeza nas mãos, ela garante que pretende ajudar por muito mais tempo. "Esse ano nem
sei quantas tampinhas de garrafa eu colei. Eu quero ajudar no trabalho da festa
até quando eu puder, até quando Deus me permitir", disse.
Fonte:http://g1.globo.com
Edição para o blog: Frei Ricardo, oar
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