PASSEIO COMUNITÁRIO E DIA DE DESCANSO DOS FRADES E SEMINARISTAS AGOSTINIANOS RECOLETOS DA CAPELINHA - 25-05-2017.
Seminário
Filosófico Nossa Senhora Aparecida
Franca-SP.
“Para isto vos reunistes em comunidade.
Vivei unidos numa só casa e tende uma só alma e coração dirigidos para Deus”.
Agostinho concebia a vida religiosa
como um grupo de amigos que se reuniam para chegar à posse da verdade. Lendo a
Regra, vê-se que, na sua concepção, cada membro tinha uma função dentro do
grupo, todos, porém,
“uma só alma e coração”.
Todos deveriam ajudar-se para construir uma comunidade de vida, de
ideais, de interesse religiosos e humanos, em perfeita comunicação. Enfim, uma
verdadeira comunidade de irmãos e amigos, tendo em vista uma única meta,
caminhando na mesma direção e em íntima colaboração para a integração do grupo.
O núcleo da concepção agostiniana da
vida religiosa está na tomada de consciência da unidade e da comunhão interior
entre os irmãos. Isto leva a ter em conta os valores, a mútua ajuda, evitando o
egoísmo.
Nas Confissões, Agostinho nos fala de seu ideal, anterior à conversão:
“Éramos muitos os amigos que
trazíamos o espírito agitado. Falávamos com aborrecimento dos dissabores
tumultuosos da vida humana. Já quase tínhamos resolvido viver sossegadamente,
retirados da multidão. Tínhamos projetado aquele sossego deste modo: se alguma
coisa possuíssemos, juntá-la-íamos para uso comum, combinando formar de tudo um
só patrimônio, de tal forma que, por amizade sincera, não houvesse um objeto
deste, outro daquele, mas se tudo se tivesse uma só fortuna, sendo tudo de cada
um e tudo de todos” (Conf., 6,14).
Após a conversão escreve a Leto que duvidava em seguir sua vocação:
“Cada um procure amar aquela
sociedade e comunhão, como está escrito: Não existia entre eles senão uma só
alma e um só coração. Desta forma, tua alma não é tua, mas de todos os irmãos.
As almas deles são tuas, ou, melhor, suas almas com a tua, não são almas, mas
uma só alma, única, de Cristo” (Epist. 243,4).
Mais claro ainda, neste trecho:
“Não vivem em união senão aqueles nos
quais está a perfeita caridade de Cristo. Muitos irmãos vivem só corporalmente
unidos. Quem vive na unidade? Aqueles dos quais está escrito: Tinham uma só
alma e um só coração dirigidos para Deus e ninguém tinha nada próprio, mas tudo
lhes era comum” (Enarrationes in Os. 132(12).
Aí está a chave para compreender a comunidade agostiniana. Para Agostinho a experiência de vida religiosa está penetrada por esta
dimensão comunitária. É um ponto de partida sumamente
bíblico.
Para construir esta comunidade
exige-se o fundamento da caridade. Vivendo a caridade, os irmãos:
• dedicam-se a mútuas atenções, como
filhos de Deus e irmãos de Cristo;
• entregam sua vida e tudo o que lhes pertence ao serviço do amor;
• aceitam-se mutuamente;
• sabem perdoar;
• praticam com delicadeza a correção fraterna e
• ajudam-se com orações.
O ideal da comunidade agostiniana é realizar uma convivência em Cristo,
reproduzindo, de acordo com as exigências de cada tempo e lugar, o que vem
descrito nos Atos dos Apóstolos.
Este é o ideal, bíblico e humano, que
a Ordem dos Agostinianos Recoletos propõe aos jovens de hoje. E foi neste mesmo
ideal que no último dia 25-05-2017 os frades e seminaristas do Seminário Filosófico Nossa
Senhora Aparecida (Franca-SP) desfrutaram de um dia de lazer e
descanso comunitário na comunidade do Paiozinho (Franca). Riram, brincaram, rezaram, se
divertiram em comunidade de irmãos.
Jovem, será que Cristo está lhe
chamando a segui-lo pelos passos de Santo Agostinho? Pense nisso.
Por Frei Ricardo Alberto Dias, OAR –
Franca/SP
Algumas fotos do passeio:
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