ARTIGO ESCRITO POR FREI RHUAM: SANTA MÔNICA E SANTO AGOSTINHO - CORAÇÕES EM BUSCA DE DEUS.
Província Santa Rita de Cássia
Brasil
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Um
ditado popular nos diz que “por trás de um grande homem há sempre uma grande
mulher”. Tal ditado ilustra muito bem a relação que existe entre Santa Mônica e
Santo Agostinho, a ponto de levá-lo a declarar que “se alimentava da Palavra de
Deus juntamente com o leite materno” (Confissões VII). A sintonia entre ambos é
um laço de fé, que vai além do sanguíneo.
Mônica
era uma mulher simples, como tantas outras de seu tempo, temente a Deus e
observadora das Sagradas Escrituras. Assumiu com responsabilidade o cuidado do
lar, da educação dos filhos Agostinho, Perpétua e Navígio e do zelo humano e
espiritual de seu esposo Patrício. De fé sólida e exímia cristã, procurou
instruir sua família no temor a Deus. Contando sempre com a intercessão de
Nossa Senhora, pedia com insistência a conversão de seu esposo e de seu filho
Agostinho (Confissões IX, 8).
Por
outro lado, Agostinho, dotado de um coração inquieto e sedento do conhecimento
da Verdade, até os trinta anos viveu errante à procura do sentido da própria
existência e de respostas as suas muitas interrogações. Essa sua inquieta busca
o levou ao encontro de seitas religiosas, mas também lhe proporcionou
deparar-se com o grande pregador Ambrósio, o Bispo de Milão.
Certa
vez, Mônica foi a catedral de Milão conversar com Santo Ambrósio. Entre
lágrimas e lamúrias, apresentou ao santo suas preocupações. Profundamente
tocado pelas lágrimas daquela mãe, o piedoso bispo disse: “Vá em paz e continue
a viver assim, porque é impossível que pereça um filho de tantas lágrimas”
(Confissões III, 12).
Orações
e lágrimas. De ambas as partes o Senhor presenteia estes santos com tão
admirável dom. De um lado, lágrimas pela graça da convivência junto à Igreja de
Cristo; de outro, lágrimas de um coração inquieto que buscava conhecer a
Verdade. Tais lágrimas expressam o encontro com Jesus Cristo e jorram de um
“coração que está inquieto enquanto não descansar em Deus” (Confissões X, 27).
Por Frei Rhuam Ferreira Rodrigues de
Almeida, OAR
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