SOBRE A OBRA: “PROLEGÔMENOS AO TEMA - DEUS” DO CARDEAL JOSEPH RATZINGER.
Província Santa Rita de Cássia
Brasil
Brasil
COMPARTILHAMOS AQUI UM ARTIGO REDIGIDO PELO RELIGIOSO FREI
RICARDO ALBERTO DIAS, OAR, NO QUAL NOS CONVIDA A REFLETIRMOS SOBRE A
CONCEITUAÇÃO DO TERMO DEUS.
Antigamente, a pergunta sobre quem é
Deus não era problema, sua resposta era claríssima, pois vivíamos em uma cristandade, ou melhor, em um ambiente
totalmente teodizado e sacralizado. Mas hoje não é bem assim, sendo que o mundo
está perdendo totalmente seu significado próprio, aquilo que é a anima de todo ser humano, o amor, o próprio Deus.
A discussão que nos propõe o Cardeal
Ratzinger neste artigo gira em torno do problema lingüístico do termo Deus. Para apreender racionalmente algo,
é necessário primeiro analisar tal conceito em seu âmbito histórico,
morfológico, sintáxico, ontológico, e é isto que o Cardeal nos propõe a
fazermos. Este é um problema que está enraizado com profundidade em nossa
conjuntura atual.
A resolução do termo Deus é a incógnita de toda humanidade
através dos tempos, estremece todo interior da humanidade. “Cutuca a ferida”, ou seja, a gênese e a etimologia
de todos nós.
Segundo a afirmação paradoxal do
estudioso holandês Van Der Leeuw, onde surgem as figuras do Filho Salvador e do Pai Criador[1]. A
humanidade está tão imersa neste paradoxo, que busca Deus nas misérias da vida
e assim desintegra o conceito deste mesmo Deus em seu contexto sócio-cultural.
Porém, na História, vemos que tanto a miséria quanto a grandiosidade apontam
para Deus. Ai está a alteridade
legítima e a teocentridade necessária
a toda pessoa.
O homem encarando-se a si mesmo,
refletindo no silêncio de seu coração encontra-se primeiramente consigo, depois
com o “alter” e plenamente com o próprio Deus.
Durante a vida, é necessário fazer
escolhas, opções existenciais. O homem quando opta por Deus, renunciando aos
outros, como fez o povo de Israel, renuncia-se à divinização do próprio homem[2].
Hoje em dia, a liberação do amor, a
adoração do sexo e do Eros escravizam a humanidade, afastando-a mais ainda do Deus da Vida. Antes, durante o período
pré-cristão, estes fatores sustentavam máscaras, hoje estas caíram e apareceu
sua verdadeira profanidade. Sendo assim, por mais que a sociedade atual tente
ofuscar ou apagar o termo Deus, ele estará sempre presente no cotidiano, pois é
parte sublimar na essência humana.
Frei Ricardo Alberto Dias, OAR
BIBLIOGRAGIA: RATZINGER, Joseph.
Introdução ao cristianismo: Prolegômenos ao Tema “Deus”. Herder, São Paulo,
1970, pp.65-76.
[1] Desde os
primórdios os Israel. Profissão de fé dos israelitas. Sendo que as sementes da
fé cristã estão fundadas na experiência de fé dos israelitas, que mais tarde se
internaliza na fé cristã.
Saiba mais acessando a nossa WEB OFICIAL:
Comentários
Postar um comentário