AMAR SEM MEDIDA.
Província Santa Rita de Cássia
Brasil
“No
processo do Cristianismo amar é dispor de si para o outro, é um exercício que
está atrelado à imitação de Cristo, isto é, em nos assemelharmos à toda sua
capacidade de amar sem reservas. Esta imitação, nem sempre é fácil, e só se
torna possível à medida que caminhamos sinalizados pela a humildade. Para nos
fazer entender esse caminho, tomo emprestado o olhar de um grande santo e
doutor da Igreja, São Gregório, que sabiamente nos dizia que a “humildade é uma
descida rumo às alturas do Amor.” De fato, é através do movimento destas duas
virtudes que o Verbo se revela e visita nossa humanidade, tornando-nos capazes
de amar. Capacidade singular que impulsiona o homem o tempo todo a contemplar o
horizonte da alteridade no rosto e no coração do seu próximo. Portanto, cabe ao
ser humano imitar a pessoa de Jesus Cristo em gestos e palavras como nos relata
o Papa Francisco: “O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao
martírio como testemunho de Jesus Cristo.” (Evangelii Gaudium, n. 24).
Jerônimo Lauricio
Brasil
Compartilhamos
aqui um artigo escrito pelo jovem Jerônimo (Blogueiro do Blog CATECISMO JOVEM) no
qual nos convida a refletirmos sobre o AMOR:
Na
mística do Tríduo Pascal, contemplamos de perto o ápice da humildade de Jesus
no alto do Calvário, Ele que “sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a
si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2, 8). Antes de
segui-Lo por esse caminho redentor, recebemos d’Ele mais uma vez o fascinante
chamado: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” – (Jo 13, 34) – este é o
caminho sugerido a nós por Jesus ao término do lava- pés. “Dei-vos o exemplo,
para que como eu vos fiz, também vos o façais”. (ibid., 15). “Agir do mesmo
jeito”, eis o nosso chamado. Baseando-se não na força de uma ordem, mas em
virtude da natureza e impulso do Amor para o qual fomos gerados.
É
interessante perceber a riqueza de significados revelada minutos antes de
deixar o mandamento do Amor, quando Jesus se inclina aos pés dos seus amigos
para lhes lavar os pés. Dentre tantos significados traduzidos naquele cenário,
o nosso olhar se prende à sua humildade. Todavia, não no aspecto do serviço, o
que seria pertinente refletirmos, mas, a humildade como sinal redentor do seu
Amor. Ao inclinar-se para lhes deixar limpos de toda a sujeira, o Bom mestre
dirige-se ao “húmus”, à terra que se achava nos pés daqueles a quem tanto
amava. Os latinos chamam esse gesto de “humilitas”, isto é, humildade. Com
efeito, a expressão “humilde” tem sua raiz no vocábulo latino – “húmiles”- e a
imagem de um servo inclinado à terra (húmus), amplia o seu significado. Ali com
a humildade que lhe é própria, Cristo ao descer não alcança tão somente os pés
daqueles homens, mas também os seus corações, elevando-os ao Seu Amor até o
fim!
Queridos
irmãos, o exercício do Cristianismo é isso. É um cenário no qual somos chamados
o tempo inteiro a protagonizar em nossas relações uma “disposição ao outro”,
por meio da humildade e do Amor. Penso que dessa forma a gente amplia o
horizonte de sentido de nossos amores, amizades e encontros... De igual maneira
também o horizonte de significado da nossa, vocação, missão e Igreja. Parece
trocadilho, mas deste modo, acabamos realmente “descendo às alturas” do coração
do outro, tocando aquilo que ele tem de mais belo e encantador: a capacidade de
amar e ser amado. “Peçamos ao Senhor que nos faça compreender a lei do amor.
Que bom é termos esta lei! Como nos faz bem, apesar de tudo amar-nos uns aos
outros! Sim, apesar de tudo! A cada um de nós é dirigida a exortação de Paulo:
‘Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem’ (Rm 12, 21). E
ainda: ‘Não nos cansemos de fazer o bem’ (Gal 6, 9).” (EG, n. 101)”.
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