A OBRA MÍSTICA DA MADRE MARIANA DE SÃO JOSÉ, SEGUNDO SANTA TEREZA, SERÁ PUBLICADA EM 2014.
Cúria Geral da Ordem dos Agostinianos Recoletos
Roma-Itália
Roma-Itália
Madre Mariana de São José
Os escritos da fundadora
agostiniano-recoleta Mariana de São José foram coligidos e impressos pouco
depois de sua morte, ocorrida dia 15 de abril de 1638, há exatamente 375 anos.
Hoje são encontradas em poucas bibliotecas. Agora se pretende pô-los ao alcance
do público em geral através de uma edição crítica que virá à luz em 2014 na
editorial BAC (Biblioteca de Autores Cristianos) da Conferência Episcopal
Espanhola.
Madre Mariana conta como
santa Teresa a abençoou quando, sendo ela ainda uma criança, se encontraram.
Poder-se-ia pensar que, com aquela bênção, a Santa Doutora transferiu para a
futura fundadora recoleta alguns de seus dons místicos. Entre ambas
reformadoras castelhanas há um claro paralelismo também em sua obra escrita:
assim como santa Teresa, madre Mariana escreveu uma autobiografia, umas
constituições, um comentário ao Cântico dos cânticos e um epistolário. Mais
ainda, a altura mística das duas é equiparável, conforme avaliação dos
especialistas.
Mística,
reformadora e fundadora
Às primeiras horas do dia 15
de abril de 1638 falecia em Madri, rodeada de sus monjas, madre Mariana de São
José. No registro civil seu nome era Mariana de Manzanedo y Maldonado. Quando
criança chegou a conhecer santa Teresa de Jesus. Nasceu onde a Santa de Ávila
morreu: em Alba de Tormes, Salamanca (5 de agosto de 1568). E, como Madre
Teresa, se tornou monja para ser mais tarde reformadora e fundadora.
A recoleção ou reforma dos
agostinianos havia sido decidida em Castela, tanto para o ramo masculino como
para o feminino, em 1588. No ano seguinte foi fundado o primeiro convento
recoleto masculino, em Talavera de la Reina (Toledo), e se fez entre as monjas
uma primeira experiência patrocinada por santo Alonso de Orozco. Este ensaio
não chegou a ter o efeito esperado, razão pela qual, nos inícios do século
XVII, o provincial Agustín Antolínez fez nova tentativa. Seguindo suas
instruções, no dia 16 de abril de 1603, madre Mariana saía de seu convento de
agostinianas de Ciudad Rodrigo (Salamanca) a caminho da primeira fundação
recoleta, em Éibar (Guipúzcoa). Depois desta viriam outras: as de Medina del
Campo (1604), Valladoli (1606), Palencia (1610) e, finalmente, Santa Isabel
(1611) e La Encarnación (1612), estes últimos em Madri. Neles, Madre Mariana
gozou do apoio incondicional do rei Felipe III e de sua esposa dona Margarita,
que fundaram e dotaram os dois conventos.
Pessoalmente, madre Mariana
de São José só fundou meia dúzia de conventos, embora durante sua vida tenha
orientado a fundação de outros vários. Atualmente, ela é vista como Madre
Fundadora. Cerca de 500 monjas agostinianas recoletas repartidas por 46
mosteiros localizados na Espanha, no México, Estados Unidos, Brasil, nas
Filipinas e no Quênia esperam ansiosas pela divulgação de suas obras.
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