GLOSSOLALIA: O DOM DE FALAR EM LÍNGUAS.

Província Santa Rita de Cássia
Brasil



COMPARTILHAMOS AQUI UM ARTIGO REDIGIDO PELO RELIGIOSO FREI RICARDO ALBERTO DIAS, OAR, NO QUAL NOS CONVIDA A REFLEXÃO SOBRE O DOM DE FALAR EM LÍNGUAS: 

Cinquenta dias depois da Páscoa celebramos com toda Igreja, a grande solenidade de Pentecostes, ou seja, a vinda do Espírito Santo, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, sobre os discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, lemos que quando o Espírito Santo veio sobre os discípulos reunidos, estes compreendiam claramente o que diziam os apóstolos em sua língua materna, por obra e graça do mesmo Espírito Santo. A este fenômeno damos o nome de “Glossolalia”, ou mais popularmente, “o falar em línguas”.

Etimologicamente, o termo Glossolalia deriva-se do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar]. Portanto, no campo religioso, a Glossolalia é denominada como a capacidade de reproduzir o fenômeno conhecido por dom de línguas, descrito no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, embora no referido livro o fenômeno seja explicado não como a fala de uma língua estrangeira, pura e simplesmente, pelos apóstolos, mas sim o fato de os estrangeiros presentes em Jerusalém entenderem em seu próprio idioma o que estes diziam: "porque cada um os ouvia falar na sua própria língua".

Eram eles: partos, medos, elamitas, povos da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto, da província da Ásia, Frígia, Panfília e Egito, das regiões da Líbia na direção de Cirene, visitantes de Roma (tanto judeus como convertidos ao judaísmo), cretas e árabes (Atos 2,9-11). Estes tais se maravilharam por conseguir ouvir a mensagem em sua própria língua ou dialeto.

Assim sendo, o fenômeno da Glossolalia não é apenas emissões sonoras e fonéticas sem a compreensão do receptor, mas a recepção totalmente entendível da mensagem, ou seja, do Evangelho, mesmo que essa não seja pronunciada em uma língua que o receptor domine ou entenda. E é claro, isto se dá sempre pela ação do Espírito Santo de Deus.

Todo e qualquer dom, se não tiver amor, de nada vale como nos ensina o apóstolo dos povos, São Paulo:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor” (1Cor 13, 1-13).

Frei Ricardo Alberto Dias, OAR




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