TRÍDUO PASCAL: PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO - O CRISTO DA VITÓRIA DO CONVENTO DAS MONJAS AGOSTINIANAS RECOLETAS DE SERRADILHA

Monjas Agostinianas Recoletas de Serradilha
Cáceres-Espanha  


 Cristo da Vitória 
        A vivência toma corpo na arte; também no verso. Arte e verso alimentam, por sua vez, a vida da Igreja que, durante a Semana Santa e o Tríduo pascal, sai dos templos e percorre as ruas. Uma mostra excelente, tomada da tradição agostiniano-recoleta, é o Cristo da Vitória em torno ao qual gira a vida das monjas do convento de Serradilha (Cáceres, Espanha).
        A “vitória” que dá nome a esta imagem é vitória sobre a morte. Jesus sofreu uma paixão e morte terríveis, mas por elas mereceu uma vida gloriosa e eterna. O réu, aniquilado sob o peso dos tormentos e desprezos, se levantou da tumba e agora pisoteia a serpente, que simboliza o mal, o pecado. A cruz já não é instrumento de suplício; Cristo as exibe como sinal de vitória.

Um Cristo muito venerado pelos fiéis
        Desde que foi talhada em Madrid pelo escultor Domingo de Rioja, em 1630, esta escultura de tamanho natural e enorme realismo cativou a tantos quantos a olhavam. Em 1660 foi fundado em Serradilha (Cáceres, Espanha) um mosteiro de agostinianas recoletas que, até os dias de hoje, se tornou um relicário de Cristo muito venerado pelos fiéis.
        Ali, em Serradilha, se encerra no próximo dia 4 de maio a fase diocesana do processo de canonização de Isabel de Jesus, a monja agostiniana recoleta que anunciou e impulsionou a fundação deste convento do Santíssimo Cristo da Vitória. Na ocasião já estaremos no tempo pascal, período litúrgico que se inaugura agora nos três dias de luto e triunfo nos quais acabamos de entrar. Todo isso fica modelado por Rioja em seu Cristo. E é o que a liturgia canta em seus hinos. 

Do Rei avança o estandarte,

fulge o mistério da Cruz,

onde por nós foi suspenso

o autor da vida, Jesus.

 

Do lado morto de Cristo,

ao golpe que lhe vibraram,

para lavar meu pecado

o sangue e água jorraram.

 

Árvore esplêndida e bela,

de rubra púrpura ornada,

de os santos membros tocar

digna só tu foste achada.

 

Ó Cruz feliz, dos teus braços

do mundo o preço pendeu;

balança foste do Corpo

que ao duro inferno venceu.

 

Salve, ó altar, salve vítima,

eis que a vitória reluz:

a vida em ti fere a morte,

morte que à vida conduz.

 

Salve, ó cruz, doce esperança,

concede aos réus remissão;

dá-nos o fruto da graça,

que floresceu na Paixão.

 

Louvor a vós, ó Trindade,

fonte de todo perdão,

aos que na Cruz foram salvos,

dai a celeste mansão.

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